Você PRECISA
assistir as aulas do Rogério! Você aprenderá e nunca mais esquecerá.
Não decore
matéria! Aprenda!
Estrutura e
funções gerais das vias aéreas
Movimentos respiratórios
– A inspiração e a expiração
O diagrama e
as pressões nos pulmões durante a respiração
Pleuras: funções,
pneumotórax, hemotórax e derrame pleural
Anatomia dos
pulmões, áreas de troca gasosa e a respiração boca a boca
Volumes e
capacidades pulmonares
Sistema respiratório
Um
dos fenômenos mais importantes da vida é a respiração, pela qual a célula
absorve oxigênio e elimina anidrido carbônico. Salvo reduzido número de seres
vivos elementares, incompatíveis com o oxigênio livre (seres anaeróbios), todas
as plantas, todos os animais respiram (seres aeróbios). Por isso, a importância
em conhecer o aparelho respiratório e estudar o sistema respiratório humano
dentro da anatomia.
Nos
animais unicelulares, a célula está diretamente em contato com o oxigênio, e as
suas trocas gasosas se fazem através da periferia celular, sem a intervenção de
aparelho especial. No homem, porém, que é um Metazoário, as células se acham
isoladas da atmosfera, na intimidade dos tecidos; o oxigênio precisa ser por
algum intermediário levado a elas.
Desta
função se incumbem dois aparelhos: o respiratório, que recolhe o oxigênio da
atmosfera e o leva aos pulmões, e o circulatório que transporta esse elemento
dos pulmões aos tecidos. Inversamente, o anidrido carbônico, produzido nas
células, vai destas aos pulmões pela via circulatória, ou hemática, e dos
pulmões à atmosfera, pela via respiratória.
As
trocas entre o ar pulmonar e o sangue, pelas quais este perde anidrido
carbônico e ganha oxigênio, constituem a chamada respiração externa, fenômeno
meramente preparatório da verdadeira respiração. A respiração interna se passa
na intimidade do organismo, entre o sangue e os tecidos, e constitui o fenômeno
capital da respiração.
Partes do Aparelho Respiratório
Na
anatomia do aparelho respiratório, intermediário entre a atmosfera e o sangue,
para levar a este o oxigênio e dele receber o anidrido carbônico, consta das
seguintes partes: nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões.
Nariz
O
nariz é uma cavidade de esqueleto em parte ósseo, em parte cartilaginoso,
dividida por um septo em duas fossas. Cada fossa nasal tem uma abertura
anterior, ou narina, e uma abertura posterior, comunicante com a faringe, a
coana. O teto da fossa nasal é formado pela lâmina crivada do etmóide.
A
parede interna é o próprio septo nasal, de separação com a fossa vizinha: a
parede externa é irregular, pela presença de três lâminas ósseas enroladas — os
cartuchos superior e médio, dependência do etmóide, e o cartucho inferior — os
quais dividem as fossas em três andares, ou meatos; a parede inferior, ou
assoalho da fossa nasal, mais ou menos côncava como uma telha invertida, é
formada pelo maxilar superior, e, atrás, pelo osso palatino.
Reveste
a cavidade nasal urna mucosa, a pituitária, cujo epitélio é cilíndrico-ciliado.
Essa mucosa, profusamente irrigada pelo sangue, produz o muco nasal. Nas
narinas veem-se pêlos curtos, as vibrissas, protetoras da fossa nasal.
Ao
nariz incumbem duas funções: a de órgão do olfato, desempenhada por uma parte
da pituitária, e a de via respiratória. Para o exercício desta última função,
está o nariz perfeitamente aparelhado: a) as vibrissas das narinas retêm
corpúsculos estranhos, do ar que se inspira; b) o muco nasal prende, por
aderência, boa quantidade das partículas microscópicas, inclusive micróbios,
que escapam às vibrissas, e que se destroem pelo próprio muco, ou, aos poucos,
pelos cílios do epitélio, são expulsos; c) a rica vascularização da mucosa
permite que o ar inspirado se aqueça antes de chegar às vias respiratórias
inferiores. Estas circunstâncias servem de fundamento ao preceito de higiene
pessoal, que manda respirar sempre pelo nariz, e não pela boca.
Faringe
A
Faringe fica situada atrás das cavidades nasal e bucal, serve de passagem tanto
ao ar da respiração como ao bolo alimentar. As duas vias aí se cruzam, mas não
funcionam simultaneamente, pois que, como se mostrou antes, o ato da deglutição
inibe a atividade respiratória.
Laringe
A
laringe é classificada como componente do Sistema Respiratório mas também do
sistema digestivo, pois além do ar é onde passa o alimento. é um conduto de
esqueleto cartilaginoso que faz parte do sistema respiratório, situado na parte
anterior do pescoço, em cuja superfície cutânea se percebe a saliência que ele
faz. Na composição da laringe entram as seguintes cartilagens: tiróide,
cricóide, aritnóide, epiglote.
A
cartilagem tiróide, a maior de todas, assemelha-se a um livro meio aberto, com
o dorso voltado para a frente, sendo que a parte superior deste sobressai, no
pescoço, com o nome de pomo de Adão. A cartilagem cricóide, em forma de anel,
fica na parte inferior da laringe. As aritódicles, em número de duas, são
pequenas, e acham-se posteriormente, sobre a cricóide.
Por
fim, a epiglote é uma lingüeta que se abaixa sobre a abertura da laringe no
momento da deglutição, protegendo desta maneira o conduto contra a penetração
dos alimentos. A cavidade da laringe, cujos pormenores serão descritos a
propósito da função fonadora deste órgão, é revestida por uma mucosa de
epitélio ciliado.
Traquéia
A
traqueia é um canal cilíndrico, de 12 centímetros de comprimento, em
continuação à laringe, e bifurcado, inferiormente, nos dois brônquios. É
formada por um tubo de tecido fibroso, em cuja espessura se dispõe, em número
de 15 a 20, anéis cartilaginosos incompletos na parte posterior. A presença
desta armadura cartilaginosa torna a traqueia rígida e a mantém sempre aberta,
ao contrário do esôfago. O epitélio da mucosa da traqueia é ciliado.
Brônquios
Na
extremidade inferior, a traqueia se bifurca dando dois tubos, os brônquios,
cada um dos quais se dirige para um pulmão, em que penetra. A constituição dos
brônquios é igual à da traqueia. No interior dos pulmões estes condutos se
ramificam em brônquios cada vez menores, e terminam em canalículos muito finos,
os brônquio. los, que se abrem, finalmente, nos ácinos pulmonares.
Pulmões
São
os pulmões os órgãos essenciais do sistema respiratório, pois através de suas
paredes se efetuam as trocas gasosas entre o ar inspirado e o sangue. Situados
na cavidade torácica, separa-os uma série de órgãos importantes, o coração, o
esôfago, a artéria aorta, etc.
Cada
pulmão, comparável a um semicone vertical, apresenta: uma base, mais ou menos
côncava, relacionada com a abóbada diafragmática; um ápice, voltado para cima,
vizinho da primeira costela; uma face externa, convexa, em relação com as
costelas, que nela imprimem seu desenho, e com os espaços intercostais; e uma
face interna, côncava, olhando para o mediastino, e tendo, no centro, o hilo
pulmonar, zona de passagem dos órgãos que entram no pulmão, ou dele saem.
O
pulmão direito mostra dois sulcos, que o dividem em três lobos: lobo superior,
lobo médio e lobo inferior. O pulmão esquerdo só tem um sulco, e, portanto, só
dois lobos: o superior e o inferior. A cor do pulmão varia com a idade. No
recém-nascido que ainda não respirou, os pulmões, com as dimensões muito
pequenas, têm cor vermelho-escura, lembrando a do fígado.
Inspiração no Sistema Respiratório
O
mecanismo da inspiração é fácil de entender-se. O reservatório pulmonar se
dilata, seguindo-se a isso grande diminuição da pressão interior. O ar
exterior, impelido pela pressão atmosférica, se precipita nos pulmões.
Como
se efetua o aumento do reservatório pulmonar?
Pela
atividade de dois grupos de músculos: de um lado, o diafragma, que,
abaixando-se, alonga o diâmetro vertical da caixa torácica; de outro, os
intercostais externos, que elevam a extremidade anterior das costelas,
tornando-as mais ou menos horizontais, e, deste modo, aumentando nos outros
sentidos as dimensões do tórax. Os pulmões, solidários com a caixa torácica, em
que estão contidos, a acompanham na dilatação, produzindo-se a penetração do ar
exterior. O diafragma constitui o principal músculo inspirador. Demais, no seu
abaixamento, não só se dilata o tórax, como ainda se comprimem as vísceras
alojadas no abdômen, cuja parede anterior se desloca para frente.
Expiração no Sistema Respiratório
A
expiração, que expulsa dos pulmões o seu conteúdo gasoso, se verifica mais de
modo passivo do que por atividade muscular, entrando em função, sobretudo
forças elásticas de diversas procedências. Está, em primeiro lugar, a retração
dos pulmões, precedentemente distendidos pela inspiração, cuja energia, como
facilmente se compreende, diminui à medida que a expiração progride. Intervêm
ainda a força elástica das cartilagens costais e a das paredes abdominais,
estas últimas forçadas, na inspiração, pelo diafragma, bem como a gravidade,
que solicita para baixo as extremidades anteriores das costelas.
Conquanto
a expiração seja acentuadamente passiva, nela colaboram, ativamente, os
músculos intercostais internos, antagonistas dos externos, e, em certos casos,
vários auxiliares, tais como os abdominais, que, ao se contraírem na expiração
forçada, recalcam para cima o diafragma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário