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Plasma, líquido
intersticial e linfa
Órgãos linfoides
e as funções gerais do sistema linfático
Linfa, edemas
e drenagem linfática
O
sistema linfático é um sistema vascular - a parte - por onde circula a linfa. É
um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxilia o sistema venoso fazendo
retornar para a circulação o liquido acumulado no interstício. O liquido flui
dos espaços intersticiais para os vasos linfáticos e depois volta para a
circulação.
Órgãos relacionados
São 3 os órgãos relacionados ao sistema linfático, e todos são caracterizados pela presença de tecido linfóide e Linfócitos.
1) Baço
2) Timo
3) Tonsilas
A Linfa
A
linfa é um líquido que se acumula no espaço intersticial, ou seja, entre os tecidos
e que está presente nos vasos linfáticos.
Sua
composição é semelhante a do plasma, exceto pela baixa concentração de proteínas.
Possui grande quantidade de leucócitos, particularmente linfócitos. Geralmente
é um líquido claro, porém a do intestino delgado torna-se leitosa pela
ação dos lipídios digestivos.
Componentes do sistema linfático
O
sistema linfático é composto por:
·
Capilares
linfáticos;
·
Vasos
linfáticos;
·
Ductos
linfáticos e
·
Linfonodos
Capilares linfáticos
São
os menores vasos condutores do sistema linfático e consistem de tubos de paredes
finas formadas por uma única camada de células endoteliais superpostas.
As
células superpostas agem como valvas formando aberturas nos capilares por onde
o líquido entra. Quando se fecham, evitam o refluxo para fora. São os capilares
linfáticos que dão origem aos vasos linfáticos.
Vasos linfáticos
Originados
dos capilares, possuem paredes de 3 camadas, semelhantes as paredes das veias,
e um número maior de valvas, que permitem a linfa fluir em uma única direção. Tais
valvas dão a estes vasos uma característica única de colar de contas.
Bombas linfáticas
São
ações bombeadoras da linfa:
1.
Ação dos músculos esqueléticos sobre os vasos.
2.
Variações de pressão decorrentes da respiração.
3.
Contração da musculatura lisa dos vasos.
4.
Formação de nova linfa, empurrando a velha
Ductos linfáticos
·
Ducto
torácico: É o maior vaso linfático do corpo.
Se
origina no abdome e desemboca na veia subclávia esquerda na sua junção com a
veia jugular interna esquerda.
·
Ducto
linfático direito: Possui aproximadamente 4 cm de comprimento e desemboca na
veia subclávia direita em sua junção com a veia jugular interna direita.
Funções do sistema linfático
O
sistema linfático possui 3 funções básicas:
1.
Conservação das proteínas plasmáticas: A circulação
da linfa faz voltar à corrente sanguínea substâncias vitais que escapam dos
capilares, como proteínas.
2.
Absorção de lipídios: Os vasos linfáticos
intestinais são as vias de absorção de lipídios.
3.
Defesa contra doenças: O sistema linfático
protege o corpo contra microrganismos e outros agentes invasores de 2 maneiras:
a)
Pela fagocitose: Processo de englobamento e
digestão de material estranho.
b)
Pela resposta imunológica: 2 tipos de
linfócitos proliferam em resposta ao contato com substâncias estranhas, dando
origem a células que fabricam anticorpos.
Importância do fluxo de Linfa
Foi
estimado, a partir de pesquisas, que cerca de 50% da proteína perdida nos capilares
é recuperada pela circulação linfática.
A
drenagem insuficiente pode levar a um acúmulo de líquido intersticial denominado
edema.
Alguns
Lifedemas podem causar deformidades. Um exemplo é a Elefantíase, um linfedema
ocasionado pelo bloqueio dos vasos linfáticos.
Ducto Linfático Direito
Esse
ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do
pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular
interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que
evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para
circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do
pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado
direito do coração e da face diafragmática do fígado.
Ducto Torácico
Conduz
a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os
vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito). Se
estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome
por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico
do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no
ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular
interna esquerda.
O baço
Localização
e estrutura: O baço é um órgão oval com aproximadamente 12 cm de comprimento
por 7 cm de largura e pesa cerca de 200 g. Está localizado na parte superior
esquerda da cavidade abdominal, logo abaixo do m. diafragma.
A
região por onde entram e saem os vasos no baço é chamada de hilo esplênico. Seu
corpo é revestido por uma cápsula de tecido fibroelástico e algumas células musculares
lisas.
Funções do baço
O
baço possui 4 funções básicas:
1.
Destruição do sangue: Os eritrócitos
“velhos” (120 dias) são destruídos, na sua maioria, no baço.
2.
Função imunológica: O baço, junto com
outros tecidos linfóides, participa na resposta imune.
3.
Armazenamento de sangue: O baço atua como
um reservatório de sangue, mais precisamente de eritrócitos, e os libera de
acordo com a demanda.
4.
Filtragem de sangue: O baço filtra
microrganismos do sangue no mecanismo de defesa do corpo.
Localização do
baço:
Tonsilas
Vários
grupos de tonsilas formam um anel de tecido linfóide que protegem a entrada dos
tratos, alimentar e respiratório contra microrganismos.
As
tonsilas que compõem esse anel são:
1.
Tonsilas palatinas (amígdalas)
2.
Tonsilas faríngeas (adenóide)
3.
Tonsilas linguais
O timo
O
timo é um órgão achatado com 2 lobos localizado na
parte
ântero-superior da cavidade torácica na frente da a. aorta e atrás do osso
esterno.
Atua
no desenvolvimento de sistema imunológico e é desproporcional
em relação ao corpo durante o período fetal e nos primeiros 2 anos de vida. Ele
aumenta de tamanho até a puberdade, quando então, começa a atrofiar.
Resposta imunológica
A
resposta imunológica protege nosso corpo contra a invasão de microrganismos infecciosos
e identifica e destrói qualquer coisa considerada “estranha” como órgãos
transplantados
e células malignas.
Existem 2 sistemas imunológicos
distintos:
1.
Sistema de linfócitos B, que atuam em
infecções bacterianas agudas (estreptococos).
2.
Sistema de linfócitos T, que atuam em
infecções bacterianas crônicas (tuberculose)
Linfonodos
São
pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema
linfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam
células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células
que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de
tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores.
Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura
e função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares
(ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo popular “íngua” refere-se ao
aparecimento de um nódulo doloroso.
Os
linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando
uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos
se tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos
quais 160, encontram-se na região do pescoço.
·
Macrófagos: Eles tem
capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes deles mesmos
morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação de tecidos
necrosados.
·
Linfócitos: Um tipo de
glóbulo branco do sangue. 99% dos glóbulos brancos presentes na linfa são
linfócitos. Produzem anticorpos para defender o organismo de infecções. Tal
como outros tipos de células sanguíneas, os linfócitos se desenvolvem na medula
óssea e se deslocam no sistema linfático.
·
Células T – Eles
começam a viver como células imaturas chamadas de células-tronco. Ainda na
infância, alguns linfócitos migram para o timo, onde amadurecem e se
transformam em células T. Em condições normais, a maioria dos linfócitos em
circulação no corpo são células T. Sua função é a de reconhecer e destruir
células anormais do corpo (por exemplo, as células infectadas por vírus). Os
linfócitos T aprendem como diferenciar o que é próprio do organismo do que não
é ainda no timo. Os linfócitos T maduros deixam o timo e entram no sistema
linfático, onde eles atuam como parte do sistema imune de vigilância.
·
Células B – Permanecem
na medula óssea e amadurecem transformando-se em células B. As células B
reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias que invadiram o
corpo). Quando essas células entram em contato com uma proteína estranha (por
exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem anticorpos que ‘aderem’ à
superfície da célula estranha e provocam sua destruição. Derivados de uma
célula-tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em
plasmócitos, os quais secretam anticorpos.
Ambos
linfócitos T e B desempenham papel importante no reconhecimento e destruição de
organismos infecciosos como bactérias e vírus. As células assassinas naturais,
discretamente maiores que os linfócitos T e B, são assim denominadas por
matarem determinados micróbios e células cancerosas. O “natural” de seu nome
indica que elas estão prontas para destruir uma variedade de células-alvo assim
que são formadas, em vez de exigirem a maturação e o processo educativo que os linfócitos
B e T necessitam. As células assassinas naturais também produzem algumas
citocinas, substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos
linfócitos T, dos linfócitos B e dos macrófagos.
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