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sexta-feira, 3 de março de 2017

7) Sistema linfático


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Plasma, líquido intersticial e linfa


Órgãos linfoides e as funções gerais do sistema linfático


Linfa, edemas e drenagem linfática 



O sistema linfático é um sistema vascular - a parte - por onde circula a linfa. É um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxilia o sistema venoso fazendo retornar para a circulação o liquido acumulado no interstício. O liquido flui dos espaços intersticiais para os vasos linfáticos e depois volta para a circulação.

Órgãos relacionados



São 3 os órgãos relacionados ao sistema linfático, e todos são caracterizados pela presença de tecido linfóide e Linfócitos.

1) Baço
2) Timo
3) Tonsilas


A Linfa

A linfa é um líquido que se acumula no espaço intersticial, ou seja, entre os tecidos e que está presente nos vasos linfáticos.

Sua composição é semelhante a do plasma, exceto pela baixa concentração de proteínas. Possui grande quantidade de leucócitos, particularmente linfócitos. Geralmente é um líquido claro, porém a do intestino delgado torna-se leitosa pela ação dos lipídios digestivos.

Componentes do sistema linfático

O sistema linfático é composto por:
·        Capilares linfáticos;
·        Vasos linfáticos;
·        Ductos linfáticos e
·        Linfonodos

Capilares linfáticos

São os menores vasos condutores do sistema linfático e consistem de tubos de paredes finas formadas por uma única camada de células endoteliais superpostas.

As células superpostas agem como valvas formando aberturas nos capilares por onde o líquido entra. Quando se fecham, evitam o refluxo para fora. São os capilares linfáticos que dão origem aos vasos linfáticos.

Vasos linfáticos

Originados dos capilares, possuem paredes de 3 camadas, semelhantes as paredes das veias, e um número maior de valvas, que permitem a linfa fluir em uma única direção. Tais valvas dão a estes vasos uma característica única de colar de contas.

Bombas linfáticas

São ações bombeadoras da linfa:

1. Ação dos músculos esqueléticos sobre os vasos.
2. Variações de pressão decorrentes da respiração.
3. Contração da musculatura lisa dos vasos.
4. Formação de nova linfa, empurrando a velha

Ductos linfáticos

·        Ducto torácico: É o maior vaso linfático do corpo.
Se origina no abdome e desemboca na veia subclávia esquerda na sua junção com a veia jugular interna esquerda.

·        Ducto linfático direito: Possui aproximadamente 4 cm de comprimento e desemboca na veia subclávia direita em sua junção com a veia jugular interna direita.



Funções do sistema linfático

O sistema linfático possui 3 funções básicas:

1. Conservação das proteínas plasmáticas: A circulação da linfa faz voltar à corrente sanguínea substâncias vitais que escapam dos capilares, como proteínas.

2. Absorção de lipídios: Os vasos linfáticos intestinais são as vias de absorção de lipídios.

3. Defesa contra doenças: O sistema linfático protege o corpo contra microrganismos e outros agentes invasores de 2 maneiras:

a) Pela fagocitose: Processo de englobamento e digestão de material estranho.
b) Pela resposta imunológica: 2 tipos de linfócitos proliferam em resposta ao contato com substâncias estranhas, dando origem a células que fabricam anticorpos.

Importância do fluxo de Linfa

Foi estimado, a partir de pesquisas, que cerca de 50% da proteína perdida nos capilares é recuperada pela circulação linfática.
A drenagem insuficiente pode levar a um acúmulo de líquido intersticial denominado edema.
Alguns Lifedemas podem causar deformidades. Um exemplo é a Elefantíase, um linfedema ocasionado pelo bloqueio dos vasos linfáticos.

Ducto Linfático Direito

Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado.

Ducto Torácico

Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito). Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda.


O baço



Localização e estrutura: O baço é um órgão oval com aproximadamente 12 cm de comprimento por 7 cm de largura e pesa cerca de 200 g. Está localizado na parte superior esquerda da cavidade abdominal, logo abaixo do m. diafragma.

A região por onde entram e saem os vasos no baço é chamada de hilo esplênico. Seu corpo é revestido por uma cápsula de tecido fibroelástico e algumas células musculares lisas.

Funções do baço

O baço possui 4 funções básicas:

1. Destruição do sangue: Os eritrócitos “velhos” (120 dias) são destruídos, na sua maioria, no baço.
2. Função imunológica: O baço, junto com outros tecidos linfóides, participa na resposta imune.
3. Armazenamento de sangue: O baço atua como um reservatório de sangue, mais precisamente de eritrócitos, e os libera de acordo com a demanda.
4. Filtragem de sangue: O baço filtra microrganismos do sangue no mecanismo de defesa do corpo.

Localização do baço:


Tonsilas

Vários grupos de tonsilas formam um anel de tecido linfóide que protegem a entrada dos tratos, alimentar e respiratório contra microrganismos.

As tonsilas que compõem esse anel são:

1. Tonsilas palatinas (amígdalas)
2. Tonsilas faríngeas (adenóide)

3. Tonsilas linguais

O timo

O timo é um órgão achatado com 2 lobos localizado na
parte ântero-superior da cavidade torácica na frente da a. aorta e atrás do osso esterno.

Atua no desenvolvimento de sistema imunológico e é desproporcional em relação ao corpo durante o período fetal e nos primeiros 2 anos de vida. Ele aumenta de tamanho até a puberdade, quando então, começa a atrofiar.

Resposta imunológica

A resposta imunológica protege nosso corpo contra a invasão de microrganismos infecciosos e identifica e destrói qualquer coisa considerada “estranha” como órgãos
transplantados e células malignas.

Existem 2 sistemas imunológicos distintos:

1. Sistema de linfócitos B, que atuam em infecções bacterianas agudas (estreptococos).
2. Sistema de linfócitos T, que atuam em infecções bacterianas crônicas (tuberculose)

Linfonodos

São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores. Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso.

Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do pescoço.

·        Macrófagos: Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes deles mesmos morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação de tecidos necrosados.

·        Linfócitos: Um tipo de glóbulo branco do sangue. 99% dos glóbulos brancos presentes na linfa são linfócitos. Produzem anticorpos para defender o organismo de infecções. Tal como outros tipos de células sanguíneas, os linfócitos se desenvolvem na medula óssea e se deslocam no sistema linfático.

·        Células T – Eles começam a viver como células imaturas chamadas de células-tronco. Ainda na infância, alguns linfócitos migram para o timo, onde amadurecem e se transformam em células T. Em condições normais, a maioria dos linfócitos em circulação no corpo são células T. Sua função é a de reconhecer e destruir células anormais do corpo (por exemplo, as células infectadas por vírus). Os linfócitos T aprendem como diferenciar o que é próprio do organismo do que não é ainda no timo. Os linfócitos T maduros deixam o timo e entram no sistema linfático, onde eles atuam como parte do sistema imune de vigilância.

·        Células B – Permanecem na medula óssea e amadurecem transformando-se em células B. As células B reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias que invadiram o corpo). Quando essas células entram em contato com uma proteína estranha (por exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem anticorpos que ‘aderem’ à superfície da célula estranha e provocam sua destruição. Derivados de uma célula-tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em plasmócitos, os quais secretam anticorpos.

Ambos linfócitos T e B desempenham papel importante no reconhecimento e destruição de organismos infecciosos como bactérias e vírus. As células assassinas naturais, discretamente maiores que os linfócitos T e B, são assim denominadas por matarem determinados micróbios e células cancerosas. O “natural” de seu nome indica que elas estão prontas para destruir uma variedade de células-alvo assim que são formadas, em vez de exigirem a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T necessitam. As células assassinas naturais também produzem algumas citocinas, substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos linfócitos T, dos linfócitos B e dos macrófagos.









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